Cineteka.com - Videoclube de culto para cinéfilos exigentes

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Muitos filmes de grande qualidade não têm o destaque que merecem, passando quase despercebidos. Por razões meramente económicas, as verbas promocionais concentram-se apenas em meia dúzia de títulos "mais comerciais". Para contrariar esta tendência, criámos este espaço de partilha e entre-ajuda, onde todos podem participar: escolha os filmes que achou mais marcantes e deixe o seu comentário.
Foram encontrados 2804 comentários. Resultados de 21 a 40 ordenados por data:
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Nunca Deixes de Olhar (Pontuação: 8)
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A Arte Dói, 2019-08-29
Como aviso inicial saliento que este filme de von Donnersmarck tem três horas de duração, e exige ao espectador uma disponibilidade acrescida. Por vezes pode tornar-se algo entediante, e parece-me que poderia ter sido encurtado. No entanto, boa parte do enredo é de primeira qualidade, e acaba por compensar o espectador pelo investimento que queira fazer. Mais do que qualquer coisa, Nunca Deixes de Olhar, no original "Obra Sem Autor", é uma magnífica reflexão sobre o que é a arte e o que ela significa para o artista. Para Kurt, a sua pintura vai ser o caminho para uma catarse pessoal da sua infância ultrajada pelos nazis, que assassinaram a pessoa mais importante para ele, a sua jovem e querida tia Elizabeth. Kurt não esqueceu. E por isso o seu quadro que abre um novo capítulo na pintura é a acusação mais formidável alguma vez proferida contra um nazi, e deixa os assassinos directos de Elizabeth reduzidos à sua abjecção, sem dó nem piedade.
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Todos Sabem (Pontuação: 2)
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Para esquecer, e depressa!, 2019-08-26
Se como já por aqui escrevi Asghar Farhadi tem feito alguns filmes de grande interesse, este Todos Sabem mostra que também tem feito filmes rigorosamente a não ver. É difícil de acreditar que foi a mesma pessoa que fez esta vacuidade, e, por exemplo, um filme de família como O Passado. Passe o leitor ao lado deste, e será mais feliz.
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Ladrões de Tuta e Meia (Pontuação: 5)
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Havia potencial, 2019-08-21
Esperava um pouco mais do filme. É daqueles que promete mais do que aquilo que realmente vale. Havia potencial para um excelente filme, mas acredito ( e estamos em Portugal) que o orçamento seja diminuto e tem que se fazer o que se pode. Destaco ainda assim, a prestação do Unas, que é de facto um excelente ator. Sem ser um filme brilhante, entretém o QB.
Por Mourisca (ALDEIA DE PAIO PIRES)
Zorba, O Grego (Pontuação: 10)
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Que Filme!, 2019-08-13
Sempre fui fan desde que o vi a 1ªvez no Monumental, sim porque era filme para se ver várias vezes . Hoje não sei se os apreciadores de pipocas dão valor a isto mas ver Quinn (soberbo), Bates, Kedrova, Papas e o povo de Creta é qualquer coisa ... E que tal, os mais velhos, a esta distância tentarem compreender porque é que Quinn (num grande filme a preto e branco) perde um Oscar para Rex Harrison em My Fair Lady (superprodução em écran gigante ) ? Pois é já naquela altura havia lobbies...
Por Edusilva (QUINTA DO CONDE)
Bucha e Estica (Pontuação: 9)
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Regresso à 1ª metade do século passado, 2019-08-13
Excelente filme para os mais idosos como eu, mais difícil de agradar aos mais novos . O filme é biográfico, potencialmente dramático mas genuíno . Excelente caracterização dos atores principais e brilhante interpretação de Steve Coogan (embora a de Riley também seja boa), não se percebendo assim porque é que, nos Globos de Ouro, é nomeado Riley (americano) e não Coogan (inglês) . Não devo perceber nada de cinema...
Por Edusilva (QUINTA DO CONDE)
O Passado (Pontuação: 8)
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Uma Família Também é Única, 2019-08-12
Confesso que não fiquei grandemente impressionado com o primeiro filme de Asghar Farhadi que vi no grande ecrã e que foi muito bem recebido pela crítica, Uma Separação, mas que se têm sucedido as boas surpresas por parte deste já consagrado cineasta iraniano. Este O Passado, filme francês com muito Irão por ele dirigido, é um fascinante drama familiar girando à volta de uma mulher. Todos os elogios críticos citados acima pela Cineteka são merecidos, excepto o de obra-prima, que me parece excessivo. O que pessoalmente saliento e quanto a mim é simplesmente brilhante é a forma como cada personagem, incluindo as crianças, adquire o seu espaço único no filme por direito próprio, espaço esse que não lhe é concedido, é exigido. As personagens de Farhadi estão vivas! Até o final do filme nos diz isso, e deixa connosco espectadores o mistério da vida.
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Shoplifters: Uma Família de Pequenos Ladrões (Pontuação: 4)
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Não Basta!, 2019-08-11
Não vi este filme em sala, apesar de toda a publicidade gerada em seu redor, e fiz muito bem. Se é isto que nos dias de hoje merece a palma de ouro de Cannes, diria usando a célebre frase da astronáutica que "Houston, we have a problem"! Não diria que o realizador e sua equipa sejam desprovidos de talento e sensibilidade, bem japoneses, mas a história, o argumento, tudo parece ter saído de um caixote de má literatura - fala-se porque se tem que falar, não se fala porque se tem algo para dizer. Filme a evitar, obviamente. Restarão aos espectadores eventualmente alguns momentos realmente belos com as duas crianças. A mim não basta. Fico apenas com a esperança que um dia Koreeda faça um bom filme, pois estranhamente ele sabe filmar, tanto quanto não sabe escrever.
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Amor de Verão (Pontuação: 8)
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Nem Tudo o Que Reluz é Ouro, 2019-08-10
Após ter visto Ida e Guerra Fria graças à Cineteka, vim espreitar este "velhinho" filme de Pawel Pawlikowsky, que nunca tinha visto, apesar de ele ter uma boa reputação no cinema de qualidade. E fiz muito bem, pois aqui, trabalhando em Inglaterra na província, Pawlikowsky realizou um muito interessante trabalho, ajudado por excelentes actores ingleses e técnicos. No filme não se passa muita coisa, nem ele sai do "vale" em que tudo acontece, e em que as duas jovens Mona e Tamsin vivem. É de modos de ser e de relações humanas que nos fala, do que parece e não é, do que é e não parece, do palco que é a vida, como disse William Shakespeare. E para Mona (soberba a estreante Nathalie Press), a vida será brutal. Para o espectador fica o insondável mistério dos seres a cada nova surpresa. Pawlikowsky consegue já aqui apresentar-nos ficção em que podemos acreditar, sem cair no banal e no naturalismo, mas com uma espontaneidade cativante. Não é para todos!
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Árctico (Pontuação: 7)
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Instinto de sobrevivência e humanismo, 2019-07-12
Que carga dramática e de sofrimento do protagonista , tem este filme do princípio ao fim. Bom ator e belas paisagens. Um exemplo de como um filme de poucas palavras, pode ser bom. Pena o final...poderia ser melhor.
Por Mourisca (ALDEIA DE PAIO PIRES)
O Cavalheiro com Arma (Pontuação: 7)
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Velhos são os Trapos, 2019-04-22
Cavalheiro com Arma é um filme demonstrativo de que ainda se fazem filmes com interesse nos EUA, o que, só por si, já é uma qualidade. Trata-se de um divertimento, de 90 minutos bem passados para o espectador, e não tem mais ambições do que essas, e quem sabe do que nos mostrar o trabalho de duas grande estrelas envelhecidas, Robert Redford e Sissy Spacek. A nostalgia estende-se aos anos 1980 em que se passa o filme, a um tempo em que as pessoas iam ao banco depositar e levantar dinheiro em notas!
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
O Quadrado (Pontuação: 4)
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Um Exercício Falhado, 2019-04-22
Eis um filme que vem aureolado com nada menos do que a Palma de Ouro em Cannes, prémio que é garantia de que lhe devemos prestar atenção. Infelizmente a atenção não se vai transformar em adoração, a menos que seja para aqueles espectadores que aspiram ao estatuto mítico de "intelectuais". É evidente que o autor, o sueco Ruben Ostlund, pretende fazer uma "crítica social" ao nosso mundo moderno e à sua "boa consciência", e demonstrar que "de boas intenções está o inferno cheio". Mas, ao contrário do seu precedente filme Força Maior, não nos consegue apresentar situações e personagens que realmente despertem um interesse dos espectadores capaz de obrigar a uma reflexão. Parece-me um exercício falhado. Mas como por vezes acontece, é filme para atrair a tal família muito especial de "intelectuais", que vêem coisas profundas onde, na verdade, só existe falta de inspiração. E sai uma Palma de Ouro, talvez à falta de melhor escolha!
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Tu, Que Vives (Pontuação: 7)
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Como Sonha um Sueco, 2019-04-20
Este é um dos filmes da Trilogia da Existência do sueco Roy Andersson, e vale bem um visionamento, tal como o recente "Um Pombo Pousou Num Ramo a Reflectir na Existência". Estes filmes de Andersson são autênticas montras de humor e frieza nórdicos, exibindo e criticando um mundo e uma humanidade à deriva e sem sentido. Podemos considerar estas obras uma sátira do mundo moderno, ou uma manifestação onírica de desespero, perto de pesadelo? Pouco importa, o espectador que decida, são filmes bem feitos, têm um estilo, bem nórdico, e personagens e situações bem concebidas e exploradas. Como seria de esperar pelo que já disse, não são 'feel good movies'.
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Cold War - Guerra Fria (Pontuação: 9)
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A Polónia Canta, 2019-03-04
Cada vez mais nas estrelas é por onde anda o polaco Pawel Pawlikowski, a julgar por este recente e sideral Guerra Fria. Para quem tiver visto Ida, o filme Guerra Fria não supreenderá no uso deslumbrante do preto e branco que faz, e até no contexto histórico sobre o qual se debruça, a Polónia pós-Segunda Guerra Mundial - a Polónia da infância de Pawlikowski, afinal de contas, aquela que ele conheceu e abandonou, tal como por exemplo Roman Polanski. Abandonou geograficamente, mas o coração também tem pátria, e é da Polónia que Pawlikowski nos fala, e do seu horrendo século XX. Sendo, como é, uma grande história de 'amour fou' de dois artistas, Victor e Susana, Guerra Fria coloca-os magistralmente a eles e a nós espectadores na incipiente Polónia comunista. Não há caricaturas, não há "bons" e "maus", quando muito há o patriotismo sem limites de Susana, sentido, não exibido. E não vou falar do inesperado final do filme, o seu momento mais belo quanto a mim, numa obra em que estes abundam. Do que conheço do cinema feito por polacos, os seus grandes artistas só se elevaram realmente fora da Polónia, o que nada tem de novo, e aqui de novo é a França a segunda pátria de qualquer polaco (ou de qualquer homem!). Por isso não é de estranhar, pelo menos para mim, que neste filme se aprenda mais sobre a Polónia do que provavelmente em todas as produções do seu regime comunista reunidas. Em Guerra Fria, pela lente soberana de Pawel Pawlikowski, é a Polónia que canta. Venha escutá-la!
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Pacto de Silêncio (Pontuação: 9)
Só para os que vêem aquilo que não se vê, 2019-03-02
Pacto de Silêncio é um daqueles filmes que não se percebem completamente à primeira, e que, por isso mesmo, ao serem vistos em gravação, repetindo quando necessário algumas passagens, nos evitam os vários visionamentos na sala de cinema até adquirirmos uma compreensão suficiente da sua escrita. Essa dificuldade é agravada por o DVD da Cineteka não dispor de legendas em português nem em francês, língua original - a mim, que não tenho dificuldades de maior com o francês, ajudaram-me por vezes as legendas em inglês, e estas também estão disponíveis em castelhano. Não é pois um filme fácil, mas a recompensa pelo esforço que é exigido ao espectador é enorme. Comecemos pelo privilégio de vermos Gérard Depardieu, Carmen Maura e a ainda jovem, bela e talentosa Élodie Bouchez actuar, com a mestria que todos eles exibem. Sigamos com o argumento simultaneamente misterioso e cativante de exploração, com conta peso e medida, da relação superlativamente fraterna de duas gémeas univitelinas (Bouchez faz as duas). São duas almas? São uma só alma com dois corpos? Quanto custa a sua separação? Sarah e Gaëlle não nos vão dar descanso! Por fim sintamos o segredo sempre escondido e elidido, e o suspense da busca infatigável do padre-médico Joachim (Depardieu), cortado finalmente a um minuto do final pelo plano de dois gémeos pequenos num quintal, que nós espectadores, sem que nada nos seja dito ou sugerido explicitamente, sabemos de imediato quem são, e que nos abrem um dos mais belos 'happy ends' de toda a longa história do cinema. E deixo-vos com Gaëlle, aquela que tudo suportou sem violência, vestida de branco, à porta de casa com o portão aberto. Ah, é isto a arte!
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
O Outro Lado da Esperança (Pontuação: 8)
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Não se apaixone pela Finlândia!, 2019-02-22
Vemos na ficha do filme que a própria Cineteka não sabe se este é comédia ou drama, o que se compreende facilmente pensando na obra do finlandês Aki Kaurismaki. Aqui ele aproveita a crise dos refugiados de guerra sírios para fazer mais um filme bem ao seu estilo, nas franjas da marginalidade do seu país, que não é poupado - Khaled, o protagonista, diz às tantas que "apaixonei-me pela Finlândia, vê se me consegues arranjar uma maneira qualquer de sair daqui"!
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
As Boas Maneiras (Pontuação: 8)
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Dolorosamente Belo, 2019-02-20
Uma excelente surpresa é o que constitui este filme para mim, que nem sequer tenho qualquer especial afinidade com o terror, o suspense e o fantástico. Mas esta produção franco-brasileira agarrou-me rapidamente à maneira de Hitchcock, e deixou-me colado à cadeira e com o coração pouco calmo até ao último segundo. Também a descoberta de uma nova e excelente actriz da lusofonia, Isabel Zuaa, é motivo para elogiar esta obra. Não vou referir qualquer aspecto da intriga, de forma a não retirar a outros espectadores um dos ingredientes principais do filme, o suspense. Mas vou advertir eventuais incautos de que este filme não é para todos os espectadores, sobretudo para os mais sensíveis. E cuidado, pois eles andam por aí! E mordem!
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Os Quatrocentos Golpes (Pontuação: 9)
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Um Filme Interrogativo, 2018-12-27
Este filme inaugural de François Truffaut é considerado também o filme inaugural da 'Nouvelle Vague' do cinema francês dos anos sessenta, chamada a Nova Vaga em português. Como curiosidade, consta que é um filme largamente autobiográfico. Trata da história de um jovem indomável no início da adolescência, que faz "trinta por uma linha", expressão que deveria ter sido a tradução da expressão idiomática francesa 'les 400 coups'. A interpretação do jovem Jean-Pierre Léaud é convincente, ao contrário do seu trabalho de actor depois de adulto, até à actualidade. Encontramos realmente neste filme uma nova forma de filmar, e de filmar realidades suas contemporâneas, incluindo a cidade de Paris em 1959, à qual somos inevitavelmente transportados ao ver Les 400 Coups. À medida que Antoine Doinel, o personagem, vai basculando para fora de todas as instituições em direcção ao crime, somos realmente perturbados sobre o que são o livre-arbítrio e o destino: por um lado, Doinel é marcado desde que nasce por circunstâncias muito desfavoráveis, por outro lado sentimos que ele se deixa deslizar alegremente a caminho da exclusão. Ao vê-lo no close-up paralítico final, só espectadores optimistas darão "alguma coisa" por aquele pequeno delinquente em formação sozinho no mundo. No fundo, a imagem final da abertura da Nouvelle Vague é uma interrogação, e Doinel (Truffaut?) pergunta ao espectador "que pensas tu sobre mim?". Não apenas é feita essa pergunta, sem o ser explicitamente, como ao longo do filme somos confrontados com muitas outras interrogações e perplexidades acerca do nosso mundo. Les 400 Coups é um filme interrogativo, e muito eficaz.
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
O Tédio (Pontuação: 8)
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Um Filme Perturbante, 2018-12-25
O Tédio é um filme que cheira a cinema francês do fim do século XX, que então conheceu um ressurgimento, e ao mesmo tempo é uma das muitas produções de então do português Paulo Branco. Não é a primeira variante no cinema do tema da degradação de um espírito cultivado por intermédio de uma paixão apenas carnal, mas é terrivelmente eficaz. O 'not so unhappy end' é forçado, e a morte de Martin (magnífico Charles Berling) seria o fim adequado. O objecto da sua paixão, ou desejo desenfreado, a então muito jovem Sophie Guillemin, está como peixe na água compondo a figura da "cabra", ao mesmo tempo superlativavmente sexual num sentido animal e desprovida de qualquer amor. Pouco antes do final a mãe de Cecilia (Sophie Guillemin) explica numa frase à vítima por vocação Martin aquilo que lhe aconteceu. Já nos anos trinta Joseph von Sternberg com Marlene Dietrich exploraram a fundo o tema da mulher fatal, num filme cujo título rima com a intriga de O Tédio: O Diabo é Uma Mulher! Apesar de por vezes nestes filmes o realismo ser sacrificado, eles reflectem realidades de facto, e continuam a ser realistas: este tipo de mulher, como Cecilia, existe mesmo. Cuidado rapazes!
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
No Coração da Escuridão (Pontuação: 1)
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Ridículo, 2018-12-24
Desta vez deveria ter seguido a sensação que tive pouco depois do início do filme, de que era para esquecer. Infelizmente resolvi continuar a vê-lo, e posso confiadamente dizer que não passa de um filme de propaganda ao politicamente correcto e ao "ambientalismo". Mas o que a mim cinéfilo me dói não é sobretudo isso, é o aproveitamento descarado que o autor faz da obra de Robert Bresson, nomeadamente do superlativo Journal d'un Curé de Campagne de 1951, para fazer um filme que é a negação da obra da Bresson e do seu pensamento, e, como tal, um escarro num dos mestres da sétima arte. A todos os títulos esta "coisa" não passa de um panfleto repugnante. Foi, no entanto, muito apreciado pela "crítica".
Por Pedro Fernandes (PAçO DE ARCOS)
Moonlight (BLU-RAY) (Pontuação: 4)
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Acto falhado, 2018-11-17
Moonlight é uma história de amor, violência, homossexualidade, coação, toxicodependência, tráfico…, uma história com gente lá dentro. Moonlight é também a ilustração da Hollywood de hoje, dividida que está em filmes de bang-bang caçadores de milhões na bilheteira e filmes assim…, travestidos de cinema de autor.

Dividida em três partes (Little/Black/Chiron), apenas na primeira há cinema, personagens e uma dúzia de planos bem “rasgados”. Nas demais, o filme arrasta-se, penosa e aborrecidamente. Ainda assim serviu para convencer a Academia a lhe oferecer o Oscar 2017 para “Melhor Filme do Ano” que juntou ao Globo de Ouro também arrecadado.
Por Pedro S. Lourenço (LISBOA)
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