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Muitos filmes de grande qualidade não têm o destaque que merecem, passando quase despercebidos. Por razões meramente económicas, as verbas promocionais concentram-se apenas em meia dúzia de títulos "mais comerciais". Para contrariar esta tendência, criámos este espaço de partilha e entre-ajuda, onde todos podem participar: escolha os filmes que achou mais marcantes e deixe o seu comentário.
Foram encontrados 2804 comentários. Resultados de 1 a 20 ordenados por data:
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Juliette Binoche novamente no seu melhor, 2021-01-08
Não conhecia o realizador Safy Nebbou, mas surpreendeu-me muito. Uma história que podia perfeitamente acontecer neste século das redes sociais, e que explora todas as dificuldades que uma mulher de 50 anos encontra a nível de relacionamentos. Safy Nebbou está de parabéns por não cair na tentação de culpabilizar o género masculino para elevar a dimensão emocional da protagonista, mas tem o cuidado de mostrar que todos somos humanos com as suas qualidades e defeitos. E como cereja do bolo não faltam os tão desejados plot-twists. Recomendo!
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Retrato de Uma Rapariga em Chamas (Pontuação: 9) |
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É isto o Cinema, 2021-01-03
Habemus cineasta! Assim começo este comentário ao magnífico e recente Retrato da Rapariga em Chamas da francesa Céline Sciamma, que vi no grande ecrã na Festa do Cinema Francês e agora no DVD da Cineteka. Talvez por a história de amor que é o âmago da obra ser entre duas jovens mulheres, o filme passou relativamente despercebido, mas não nos concursos dos festivais, onde apresenta um invejável e merecido palmarés. É também uma história de mulheres, na qual a participação de personagens masculinos se limita a pouco mais do que figuração. Somos enviados pela realizadora e argumentista, sem livro de instruções, para o século XVIII e para um mundo que hoje nos parece tão incrível, mas que respeita, no sentido mais profundo, a verdade histórica dessa época, de "antes da Revolução". Não pude mesmo deixar de pensar em Talleyrand e na sua célebre frase, em que este afirmava que aqueles que não tinham vivido antes da revolução de 1789, não sabiam o que era o prazer de viver. Quase tudo aquilo que vemos neste filme é crível, e mesmo quando Céline Sciamma sai da realidade para a subjectividade de Marianne, o efeito que isso nos provoca não é de ruptura, e as visões de Marianne são um prolongamento artístico da paixão que a assola e da história de Orfeu e Eurídice que lêem. As actrizes principais são ambas magníficas, e até o erro que podemos apontar de aquela que é a mais velha de ambas fazer o papel da personagem mais nova - e isso sim prejudica o filme -, não é tanto um erro se considerarmos que Adèle Haenel é das duas aquela que encaixa na perfeição no perfil da aristocrática Heloïse - o problema é mesmo Adèle Haenel não ser jovem, mas apesar de tudo os seus 30 anos permitem-nos aceitar a personagem. Em resumo, estamos perante um filme requintado, delicado, feminino atrevo-me a dizer, de uma beleza inesquecível. Obrigatório, e, nestes tempos de indigência, um bem de primeira necessidade!
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Surpreendeu-me, 2020-11-07
O segredo para apreciar este filme? Ir vê-lo sem expectativas. Tendo em conta as críticas que fui lendo fui vê-lo sem esperar muito. E na verdade, fiquei muito surpreendido como com tão poucos acontecimentos ao longo do filme (é de facto muito parado), as protagonistas Binoche e Laâge elevaram-no a um nível que facilmente passam as emoções para nós. A história pode ser pouco realista, mas creio que o propósito era transmitir a dor da perda, e nisso não falhou em nada.
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Alice e o Presidente (Pontuação: 8) |
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Um Político Sem Ideias!, 2020-09-01
Na minha exploração do riquíssimo "universo" Fabrice Luchini encontrei este trabalho de 2019 do quase desconhecido realizador Nicolas Pariser, e fiz muito bem, pois é um filme absolutamente a ver, sendo uma das razões para isso a forma como explora o ambiente político do momento presente no mundo e em França. Para além da mestria sem par de Luchini, Pariser encontrou uma relativamente jovem actriz Anaïs Demoustier plenamente à altura do outro papel principal do filme - Demoustier foi mesmo muito justamente premiada pelo papel de Alice. O argumento é do próprio realizador, trata-se de um filme de autor, e de um autor para quem a política é o tema de eleição, a julgar pelos poucos filmes que fez. Tendo um lado cómico, o filme eleva-se muito acima desse objectivo, e constitui quer uma crítica quer uma reflexão sobre o que é hoje a vida política sobretudo à esquerda, por parte de alguém que com toda a probabilidade é de esquerda, e que possivelmente está a lamber as feridas da 'débacle' recente do partido socialista em França, que quase desapareceu como sabemos. É evidente que há toda uma cultura político-filosófica necessária para se poder fazer um filme como este, é um filme inteligente, e até diria mais do que isso, é um filme político.
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Duas Horas na Vida de Uma Mulher (Pontuação: 10) |
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Há mais do que "nouvelle vague"..., 2020-09-01
Desaparecida em 2019, Agnès Varda foi uma notável artista e cineasta francesa, que apesar de contemporânea da chamada "nouvelle vague" não se confunde nem dilui nela, tal como o seu marido que perdeu bem cedo, o realizador Jacques Demy. Cléo de 5 à 7, de 1961, continua a ser um filme admirável desta talentosa pequena parisiense. Durante duas horas da vida da personagem "Cléo" (soberba interpretação de Corinne Marchand) a realizadora segue-a por todo o lado, naquelas que são horas capitais para essa personagem, e nas quais regressa da morte à vida, mesmo que presa por um fio invisível. Imperdível é este filme no feminino.
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Um filme premonitório?, 2020-08-10
Kika é um Almodovar "vintage", de 1993, que curiosamente nos tem muito a dizer hoje, em que podemos ver naquela tão extraordinária como repelente Andrea Caracortada (a sublime e ainda jovem Victoria Abril) uma antecipação do que veio a acontecer quer nas televisões quer sobretudo mais tarde nas "redes sociais", onde milhares de Andreas Caracortadas se digladiam por 'clicks', 'likes', 'views', de igualmente repelentes mirones. A quase trinta anos de distância, e não conhecendo sequer nada daquilo que viria a ser tecnologia do tempo presente (ai, se Andrea tivesse um 'smartphone'!), Pedro Almodovar, como tantas vezes acontece com os grandes artistas, detecta "no ar" tendências e ao que elas levam antes de todo o mundo. Só por isso, vale a pena ver ou rever Kika, mas há mais para quem se aventurar por aqui.
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Um Dia de Chuva em Nova Iorque (Pontuação: 7) |
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E Sai Mais Um do Forno de Woody!, 2020-08-08
Está apenas ao alcance de uns "happy few" aquilo que tem acontecido ao agora bem idoso Woody Allen desde o filme Match Point, uma explosão de criatividade e de auto-renovação que faz com que qualquer cinéfilo lhe deva prestar a devida homenagem. Neste recentíssimo Um Dia de Chuva em Nova Iorque a sua cidade natal volta a ter um dos papéis principais, mastigando em dois dias um casal de namorados que verificarão ter uma relação muito mais frágil do que imaginavam. E temos direito a um "happy end" e tudo, após muitas peripécias mais ou menos cómicas, mas sempre surpreendentes, protagonizadas por um elenco talentoso e soberbamente dirigido, como não poderia deixar de ser, tendo em conta a carreira do realizador. Curiosamente, o filme é bem corrosivo para com os meios artísticos do cinema em que se movimentam as personagens, talvez como se Allen quisesse assim demarcar-se de uma pose de "consagrado" cabotino.
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No Nevoeiro (Pontuação: 8) |
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A Guerra Não Mata Só Corpos, 2020-06-14
Muitos filmes são uma denúncia da guerra, e este O Nevoeiro de Sergei Loznitsa estará entre os melhores. Quase sem violência física, sendo a acção passada no meio da resistência e da contra-resistência ao invasor nazi, fica plenamente a descoberto a violência psicológica que a guerra representa para aquelas pessoas, chegando Sushenya, num momento filosófico, a declarar que a população daquela região perdida da Bielo-Rússia já não é a mesma que ele conhecera. E, como ele já morrera um pouco ou muito por dentro, é também ele, personagem principal, que deixa de temer a morte de cada vez que a enfrenta de frente. Magnificamente realizado e interpretado, é apesar disso um filme triste, como se Loznitsa nos quisesse dizer que isso é afinal a única coisa a esperar da guerra.
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Roda Gigante (Pontuação: 8) |
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Da Roda Não Se Escapa, 2020-06-11
A "Roda Gigante" a que se refere o título deste recente e muito bom trabalho do "pequeno" nova-iorquino Woody Allen não faz parte do filme para além de ser elemento decorativo, e é pois puramente alegórica em relação ao drama situado na praia de Coney Island em 1950 que Allen preparou para nós. O que simboliza a Roda Gigante ele não nos diz, deixa-nos essa interrogação. Apesar de introduzir uma personagem diferente, Mickey, que é ao mesmo tempo personagem e narrador, e que mais do que isso é um "alter ego" do próprio Allen, o centro do filme, aquilo que fascina o realizador como sempre ao longo de mais de cinquenta anos, é a personagem de Ginny, o mistério da Mulher. Junte-se a isso mais uma soberba interpretação de Kate Winslet, e temos aqui algo de muito recomendável, não tanto pela trama ou pelo realismo, que é pouco, mas pela espessura das personagens e suas relações. Acima delas está a Roda Gigante da vida que as arrasta a todas no seu inelutável movimento, mesmo as que lhe querem escapar. Como Ginny.
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Homem Irracional (Pontuação: 8) |
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Descubra o Irracional!, 2020-06-04
Dez anos após Match Point Woody Allen regressa à sua vertente trágica com este filme, mas que desta vez entrelaça habilmente com o seu estilo mais tradicional de observador de pequenos ambientes intelectuais e requintados. Tal como em Match Point é o acaso, tema de reflexão das próprias personagens, que decide o desfecho da intriga. Filme muito recomendável é este Homem Irracional, soberbamente servido de actores e actrizes, na sua dança quase privada com Mr. Woody Allen.
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Loveless - Sem Amor (Pontuação: 8) |
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Uma lágrima por Alexei, 2020-06-03
Descobri este filme graças ao canal de televisão franco-alemão Arte, que o co-produziu, e fez muito bem! O realizador, o russo Andrey Zvyagintsev, é um nome a anotar e a seguir, e se considerarmos apenas este filme, ele já exibe um invejável palmarés, que inclui o prémio do júri de Cannes, muitas vezes dado a filmes melhores do que as Palmas de Ouro. A partir de um 'fait divers', o desaparecimento de um miúdo de 12 anos, Zvyagintsev constrói simultaneamente um filme inteligente e ritmado e uma brutal análise do ser humano, ou de alguns deles, e também da Rússia moderna. Até ao fim aquele casal, particularmente ela, mostra aos espectadores quão baixo pode ser esse ser humano. Aqui uma criança vive durante doze anos sem ninguém a ter querido, sem ninguém ter dado pela sua existência, e pior ainda, sem que ninguém se lembre dela depois de desaparecida, exceptuando talvez o seu pequeno amigo da escola. Ficção? Claro, o mundo está cheio de bondade e estas pessoas não existem... O problema é mesmo que elas parecem assustadoramente reais! Veja se não acredita.
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A Queda do Império Americano (Pontuação: 8) |
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Muito mais sério do que parece!, 2020-04-21
É difícil afirmar que este filme de 2018 é uma comédia, talvez farsa fosse melhor palavra, no mesmo sentido em que a aplicaria ao famoso Pulp Fiction de Tarantino. Parece-me um dos mais conseguidos projectos do canadiano do Québec Denys Arcand, que o aproveita para ajustar de novo contas com um mundo que o desgosta, e que exclui tantos e tantos. Trata-se de muito mais do que entretenimento, e nós espectadores vamos ficar bastante desamparados e forçados a pôr em causa os nossos valores. E isso é bom.
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A Era dos Ignorantes (Pontuação: 7) |
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Humor Inteligente e Impiedoso, 2020-04-20
Esta é uma saborosa comédia mordaz que não se fica por isso do realizador canadiano Denys Arcand, em que a vida do moderno homem urbano é impiedosamente ridicularizada, acabando na sua recusa pelo personagem, que foge primeiro para o mundo dos sonhos, e depois para uma casa junto ao mar que fora do seu pai. A permanente oscilação entre a realidade da vida de Jean-Marc e os seus sonhos é bem conseguida, bem como a forma como um crescente vazio se apodera dele, a ponto de imaginarmos que a sua vida irá terminar. Mas Denys Arcand abre-lhe uma porta no final para uma eventual segunda vida, já não na "Idade das Trevas" (a nossa!), que é o título em francês do filme. Não poderemos deixar de desejar boa sorte a Jean-Marc, àquele e a todos os outros que enchem o nosso mundo, mesmo duvidando de que ele possa ainda alcançar alguma felicidade.
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De Bicicleta com Molière (Pontuação: 6) |
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Cuidado com o Teatro!, 2020-04-08
Ainda explorando o trabalho do grande Fabrice Luchini presente na Cineteka encontrei este De Bicicleta com Molière, e dei o tempo por bem empregue. Trata-se de um filme agridoce, que nos traz até hoje um pouco de O Misantropo de Molière, mostrando como aquilo que poderiam ser considerados versos alexandrinos datados da Côrte de Luís XIV ainda podem dizer-nos tanto após séculos decorridos. Entre Fabrice Luchini e Lambert Wilson joga-se muito mais do que a representação de uma peça, eles vivem a misantropia e a vileza dos personagens, e claro, a amizade que os ligava vai-se desfazendo.
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O Senhor Juiz (Pontuação: 6) |
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Justiça é Teatro?, 2020-04-07
Eis um muito recomendável filme francês recente, ao qual cheguei procurando o que haveria na Cineteka com o grande actor que é Fabrice Luchini. Não sendo L'Hermine (em português poderíamos traduzir para "A Beca") um grande filme, é um muito agradável exercício cinematográfico sobre a chamada justiça, que supostamente acontece em locais conhecidos como os tribunais. Tal como na vida real, não ficaremos propriamente muito tranquilos acerca da relação daquilo a que assistiremos com o nosso conceito de justiça - sendo um filme de processo em tribunal, não vamos nele encontrar as revelações e catarses a que por exemplo o cinema americano nos habituou, e ficaremos sem saber a verdade, coisa que, paradoxalmente, é a verdade de muitos julgamentos. Para nos sentirmos melhor, temos uma história romântica envolvendo o presidente da instância e uma jurada médica que o havia tratado no passado, completamente inverosímil, mas que humaniza toda aquela frieza jurídica e processual que rodeia o magistrado. E claro, sendo o magistrado Fabrice Luchini, isso já é motivo suficiente para nos interessarmos pelo filme.
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O Alentejo não é paisagem simpática, 2020-04-06
O brasileiro Sérgio Tréfaut volta a surpreender-nos com esta conseguida adaptação de um romance neo-realista, que o transporta a ele e a nós de novo até aos campos do Alentejo (não esquecer o seu magnífico documentário Alentejo, Alentejo, de que a Cineteka dispõe). Para mim há uma rima entre este filme e Tempos Difíceis de João Botelho, e por muitas razões, que vão bem além do partido magnífico que ambos tiram do preto e branco. Confesso que prefiro o filme de João Botelho, e que considero Sérgio Tréfaut melhor documentarista do que realizador de ficção, embora aquilo que tem feito de ficção, como é aqui o caso, não lhe enlameie a reputação. Curiosamente, penso que em Raiva ele começa mal, sendo a cena da perseguição da GNR e da morte do Palma pouco conseguida. Mas rapidamente as coisas começam a melhorar, também em virtude dos excepcionais desempenhos de um elenco excepcional reunido para esta obra. Tal como nos mais elaborados filmes de Manoel de Oliveira, temos aqui um desfile da nata dos actores e actrizes portugueses, do cinema e do teatro, e de todas as gerações. Claro que apenas isso não faz um filme, mas ajuda, tal como ajudou há trinta anos João Botelho em Tempos Difíceis. O que ambos os filmes conseguem, e que deve ser salientado, é elevar-se acima do tema da "luta de classes" em que poderiam ficar facilmente atolados, para integrarem plenamente o trágico da existência daquelas almas num meio fechado, e de todas as almas. Mesmo com alguns momentos menos conseguidos, temos aqui algo que é altamente recomendável!
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Passe ao lado, 2020-04-05
Já que foi tão aclamado, resolvi fazer a experiência de ver este filme coreano, renunciando por minutos à péssima imagem que tenho do cinema oriental contemporâneo e do cinema "hollywoodiano". Fiz mal, e parei a meio, desiludido quer com a banalidade da obra, quer com os prémios que lhe deram. Há muitas telenovelas brasileiras muito melhores do que este patético filme, que rapidamente a única coisa que provoca é enfado, apesar de conter algumas promessas no seu início. Mas não cumpre.
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Uma Turma Difícil (Pontuação: 7) |
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Eis um "feel good movie" à francesa!, 2019-09-30
"Les Héritiers", em português Os Herdeiros, infelizmente traduzido para "Uma Turma Difícil", é mais um filme convincente acerca da escola suburbana moderna, na linha de "A Turma", "O Dia da Saia", etc. É um filme sobre o grupo, a turma e a sua história, não se detendo nos seus elementos mais do que o indispensável. Assim, é a professora aquela que adquire o protagonismo, à medida que vai conseguindo cativar a maior parte dos seus alunos considerados "casos perdidos" para o seu projecto, a participação num concurso nacional sobre as crianças e os jovens no holocausto nazi. Herdeiros tornam-se eles a pouco e pouco das vidas de jovens da sua idade dos anos 1940 apanhadas nas garras da "solução final", e quem sabe isso fá-los ver a pequenez das suas guerrinhas liceais. Não esqueçamos, mesmo que romantizada e embelezada pela arte, esta é uma história verdadeira.
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Poderia ter sido... um bom filme!, 2019-09-29
Por ter encontrado aqui na Cineteka este já não recente filme iraniano, cuja existência desconhecia por completo, resolvi fazer a experiência de o ver, tendo até em conta o nível de excelência que o cinema iraniano atingiu com Kiarostami e alguns dos que lhe sucederam. Infelizmente, não é qualquer iraniano que agarra numa câmara que é um novo Kiarostami, e é esse o caso deste Majid Majidi e do seu frustrante filme, tão pretensioso quanto inconseguido. Colocar uma charada na frente do espectador ao mesmo tempo que se pretende fazer um filme inspirado na realidade do seu país só poderia resultar mal. E foi pena, pois a ideia em si de uma moça que se faz passar por rapaz numa obra e que atrai um operário trambiqueiro tinha potencial para outros vôos. Não chegaram foi a descolar!
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O Tesouro da Sierra Madre (reposição) (Pontuação: 9) |
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Uma Moral À Sua Espera!, 2019-08-30
O Tesouro da Sierra Madre é considerado muito justamente um dos clássicos da cinefilia e dos tempos de esplendor de Hollywood. É um filme intensamente moralista, logo irrealista, mas disfarça bem as suas pretensões "edificantes" através do percurso de aventuras de caça ao tesouro por que passam os protagonistas. Curiosamente, há muitas leituras morais que podem ser feitas, e muito mais interessantes do que a de que o dinheiro traz ao de cima o pior dos homens. Há uma moral à sua espera neste velhinho clássico! O DVD da Cineteka é de muito boa qualidade, mas sem legendas em português.
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