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Ano: 2007
Idade: M/16
Duração: 82 min
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Jack passou a maior parte de sua vida na prisão por um crime que cometeu quando criança. Agora livre, com um novo nome, ele tenta uma nova vida. Mas isso pode não ser tão fácil quanto parece. É possível começar do zero, esquecer o passado, ser uma nova pessoa? Um novo nome é o suficiente? Conseguirá ele fazer novos amigos e conviver com eles, enquanto esconde seu passado sombrio?
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Detalhes Técnicos
Duração: 82 min. |
Vídeo: Widescreen 2.35:1 anamórfico |
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Áudio: Dolby Digital 5.1 Inglês |
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Legendas: Português, |
Superficial (Pontuação: 2) |
De novo levado pelos elogios fui espreitar um filme "escondido", e desta feita foi uma desilusão. Boy A é um apanhado do pior cinema inglês, e o cinema inglês sempre foi, regra geral, muito mau. O filão, o da segunda chance para um jovem delinquente, era prometedor, mas a arte para o explorar não foi nenhuma. Confesso que não consegui ver sequer o filme, apanhado sem fim de banalidades e estereótipos, de uma superficialidade raramente igualada. Se tivesse sido esse o objectivo, teria sido superado!
Quem decide quem pode ter segundas oportunidades? (Pontuação: 10) |
Este filme tem por base um fenómero relativamente recente na imprensa britânica: a publicação de fotografias de pedófilos ou assassinos de crianças, quando estes saem da prisão. O fenómeno torna-se ainda mais bizarro quando já se passaram alguns anos desde a sua prisão e então, como não têm uma fotografia actualizada, começam a mostrar retratos-robot de qual poderá (ou não) ser o aspecto da pessoa actualmente. Esta situação leva a um estado da paranóia na população, que começa a "reconhecer" naqueles retratos-robot a cara dos seus vizinhos, levando a actos de vigilantismo que, nalguns casos, levam mesmo à agressão de pessoas que estão completamente inocentes. Não é o caso deste filme: aqui a personagem principal é um jovem de 24 anos que é libertado após ter cometido um acto horrendo na sua infância/adolêscencia. Este facto nunca é escamoteado no filme. Porém, o que o filme pergunta é o seguinte: quem decide quem poderá ou não ter uma segunda oportunidade na vida? Um jovem ainda na flor da idade poderá ou não ter direito a uma segunda vida? É uma questão bastante difícil de encarar, mas que tem de ser equacionada. E o filme faz essa pergunta de forma absolutamente brilhante! E o que mais surpreende é a forma como o realizador foge completamente ao filme com "Tema". Muito pelo contrário: faz um filme com pessoas, com personagens de carne e osso, com sentimentos profundos (culpa, angústia, vingança). Ao contrário das reportagens de TV, aqui (como na vida) nem tudo é branco e preto: existem isso sim muitos tons de cinzento. Uma chamada de atenção muito, mas mesmo muito especial para o jovem Andrew Garfield, que interpreta o jovem a quem é dada (ou talvez não) uma segunda oportunidade na vida. Trata-se de uma interpretação em puro estado de graça. Inesquecível! Ainda vamos ouvir falar muito deste senhor. Um filme brilhante. A ver sem reservas!!!!!!!!! Mesmo sendo de 2007, é um dos filmes do ano!!!
Por PMatos (BARREIRO) | 2010-10-25 |
Ensaio sobre o "Preconceito" (Pontuação: 8) |
Há filmes que nos marcam pela força da história e por nos deixarem a pensar depois do filme acabar e este é um deles.
Imaginem um rapaz que esteve preso desde criança, acusado da morte de uma menina e sai da prisão aos 24. Se virmos uma notícia desta na TV rapidamente somos levados pelo preconceito a condenar o rapaz, sem pararmos para pensar pela nossa cabeça, ou pôr em causa estas verdades mediáticas.
Mas as coisas nem sempre são "preto e branco" e este filme consegue mostrar isso duma forma exemplar, acompanhando a vida deste rapaz "A", que tenta assumir uma nova entidade, perante uma sociedade pronta a crucificá-lo se descobrir quem ele é. Uma história forte, sobre preconceitos e segundas oportunidades, com excelentes actuações e uma sólida direcção.
Recomendo vivamente!
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