Alice e o Presidente
(Alice et le maire) |
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Ano: 2019
Idade: M/12
Duração: 103 min
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Depois de 30 anos na política, Paul Théraneau, presidente da Câmara de Lyon (França), está a passar por um momento muito difícil. Ele, um homem sempre arrebatado por novas ideias, está esgotado, desinspirado e desmoralizado, sem nada que lhe alimente o pensamento. Ao perceber que, por consequência, a sua popularidade está a decair a olhos vistos, decide contratar alguém que o apoie, antes que seja demasiado tarde. É assim que conhece Alice Heimann, uma jovem filósofa que, com os seus pontos de vista inovadores, se transformará numa lufada de ar fresco.
Uma comédia francesa realizada e escrita por Nicolas Pariser ("Le grand Jeu"), que conta com as actuações de Fabrice Luchini, Anaïs Demoustier, Nora Hamzawi, Léonie Simaga e Antoine Reinartz, entre outros.
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Detalhes Técnicos
Duração: 103 min. |
Vídeo: Widescreen 1.85:1 anamórfico |
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Áudio: Francês Dolby Digital 5.1 |
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Legendas: Português, |
Um Político Sem Ideias! (Pontuação: 8) |
Na minha exploração do riquíssimo "universo" Fabrice Luchini encontrei este trabalho de 2019 do quase desconhecido realizador Nicolas Pariser, e fiz muito bem, pois é um filme absolutamente a ver, sendo uma das razões para isso a forma como explora o ambiente político do momento presente no mundo e em França. Para além da mestria sem par de Luchini, Pariser encontrou uma relativamente jovem actriz Anaïs Demoustier plenamente à altura do outro papel principal do filme - Demoustier foi mesmo muito justamente premiada pelo papel de Alice. O argumento é do próprio realizador, trata-se de um filme de autor, e de um autor para quem a política é o tema de eleição, a julgar pelos poucos filmes que fez. Tendo um lado cómico, o filme eleva-se muito acima desse objectivo, e constitui quer uma crítica quer uma reflexão sobre o que é hoje a vida política sobretudo à esquerda, por parte de alguém que com toda a probabilidade é de esquerda, e que possivelmente está a lamber as feridas da 'débacle' recente do partido socialista em França, que quase desapareceu como sabemos. É evidente que há toda uma cultura político-filosófica necessária para se poder fazer um filme como este, é um filme inteligente, e até diria mais do que isso, é um filme político.
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