Loveless - Sem Amor
(Nelyubov) |
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Ano: 2017
Idade: M/14
Duração: 127 min
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Depois de mais de uma década de vida em comum, Boris e Zhenya (Alexey Rozin e Maryana Spivak) atravessam um doloroso processo de divórcio. A prendê-los está apenas a mágoa, a raiva mútua e Alyosha (Matvey Novikov), o filho de 12 anos, que nunca foi desejado ou verdadeiramente amado por nenhum deles. Boris e Zhenya estão ansiosos por abandonar o casamento e recomeçar a sua vida: ele com a nova namorada; ela com seu parceiro rico. Nenhum parece importar-se com a tutela de Alyosha. Até que, um dia, o rapaz desaparece sem deixar rasto…
Nomeado para o Óscar de Melhor Filme, uma história dramática que, tal como o nome indica, fala sobre o vazio de afectos. A realização cabe ao multipremiado cineasta russo Andrey Zvyagintsev, responsável por "O Regresso" (2003), que lhe valeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza; "Elena" (2011), Prémio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes; ou "Leviatã" (2014), que ganhou o Prémio de Melhor Argumento em Cannes, venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e foi nomeado para um Óscar na mesma categoria.
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Detalhes Técnicos
Duração: 127 min. |
Vídeo: Widescreen 2.35:1 anamórfico |
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Áudio: Russo Dolby Digital 5.1 |
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Legendas: Português, |
Uma lágrima por Alexei (Pontuação: 8) |
Descobri este filme graças ao canal de televisão franco-alemão Arte, que o co-produziu, e fez muito bem! O realizador, o russo Andrey Zvyagintsev, é um nome a anotar e a seguir, e se considerarmos apenas este filme, ele já exibe um invejável palmarés, que inclui o prémio do júri de Cannes, muitas vezes dado a filmes melhores do que as Palmas de Ouro. A partir de um 'fait divers', o desaparecimento de um miúdo de 12 anos, Zvyagintsev constrói simultaneamente um filme inteligente e ritmado e uma brutal análise do ser humano, ou de alguns deles, e também da Rússia moderna. Até ao fim aquele casal, particularmente ela, mostra aos espectadores quão baixo pode ser esse ser humano. Aqui uma criança vive durante doze anos sem ninguém a ter querido, sem ninguém ter dado pela sua existência, e pior ainda, sem que ninguém se lembre dela depois de desaparecida, exceptuando talvez o seu pequeno amigo da escola. Ficção? Claro, o mundo está cheio de bondade e estas pessoas não existem... O problema é mesmo que elas parecem assustadoramente reais! Veja se não acredita.
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