A Outra Metade do Amor
(Lost and Delirious) |
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Ano: 2001
Idade: M/12
Duração: 90 min
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A outra metade do amor é um comovente conto sobre a procura da identidade própria, o culto secreto do amor e a sexualidade de três adolescentes. Da rotina estudantil, das saudades de casa e das tolices próprias das adolescentes, a história passa rapidamente para as zonas mais obscuras da intriga amorosa. Quando descobre que Paula e Tori são amantes, Mouse vê-se de subito no papel de cúmplice e confidente. O trio está determinado em manter a sua independência apesar das regras rígidas de um colégio interno de raparigas, cercado por uma floresta luxuriante e verde.
O filme é uma história poderosa com interpretações inesquecíveis: Pauline (Piper Perabo), Tori (Jessica Paré) e Maube (Mischa Barton). "A Outra Metade do Amor" é baseado no romance de "The Wives of Bath" de Susan Swan.
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Detalhes Técnicos
Duração: 90 min. |
Vídeo: 16:9 - Widescreen 1.85:1 anamórfico |
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Áudio: Dolby Digital 5.1 - Inglês |
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Legendas: Português |
Doloroso como a Vida (Pontuação: 7) |
Começo por uma correcção, a personagem da jovem recém-chegada ao colégio interno, interpretada por Mischa Barton, não se chama Maube, mas sim Mary, cuja alcunha é Mouse. Este é mais um filme que nos lembra que a América anglo-saxónica está longe de se resumir aos Estados Unidos, e que a norte desse famoso vizinho outro grande país passa despercebido, imerecidamente. E também é assim no cinema, em que o Canadá continua a ter um lugar de primeiro plano, muitas vezes em associação com os tais vizinhos do sul. Não aqui, em que temos um filme canadiano, daqueles que só mesmo associamos a esse país, e que se vê com interesse, sobretudo pelos magníficos desempenhos das três jovens actrizes, e pela autenticidade psíquica ou espiritual das suas personagens, alunas adolescentes num colégio interno. Creio que existe um laço entre este filme e o célebre Clube dos Poetas Mortos, não pela existência de um professor extraordinário, nem por o colégio ser autoritário e repressivo para as jovens (não o é de todo), mas pelo drama do suicídio de uma jovem alma nobre em chamas que ninguém consegue aplacar. Mas aqui é mais doloroso, precisamente porque não há culpas institucionais para a desventura de Paulie. Ela e Mouse são as personagens mais interessantes, pois já sofreram a sério nas suas curtas existências, ao contrário de Tory, que prova que as pessoas normais não têm nada de especial. Apesar de algum irrealismo e concessões à banalidade no filme, é ainda assim uma obra que vale a pena espreitar, dolorosa como a vida, ardente como a juventude.
na perspectiva de Maube, uma adolescente ingénua com um rosto irradiando uma completa inocência do mundo que a cerca, o espectador é levado a entrar num pequeno e intimo universo de três personagens,em que duas delas são amantes em segredo entre elas.
comparando com «O Preço da Traição» este filme mostra-se ser mais uma fantasia lésbica(a realizadora assume-se como tal)do que uma relação mais real e no entanto igualmente poderosa como o filme anterior mostrou. de destacar a interpretação de Piper Parabo,pela a força que confere à sua personagem.
o filme é bom, recomendo somente para aqueles que não estejam à espera de ver "show"lésbico(se for caso, eu sugiro a secção de Adultos da Cineteka).é tudo por agora.
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