A Lei do Mercado
(La loi du marché) |
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Ano: 2015
Idade: M/12
Duração: 91 min
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Thierry, de 51 anos, está desempregado há já quase dois anos. Depois de muitos meses de angústia em que procurou, incessantemente, um meio de sustentar a mulher e filho, quase perde a esperança no futuro. Um dia vê-se, finalmente, seleccionado para a função de segurança de um supermercado. Apesar do magro ordenado que lhe é oferecido, torna-se finalmente capaz de cobrir as necessidades básicas da sua família. Tudo corre bem até ao momento em que lhe é proposto algo inesperado: espiar as colegas das caixas para as poderem despedir. Isto fá-lo sentir-se em conflito com o que considera moralmente aceitável. Agora, Thierry tem de escolher uma de duas hipóteses: compactuar com a entidade patronal ou voltar para a precariedade que quase o levou ao desespero…
Com argumento e realização de Stéphane Brizé ("Entre Adultes", "Mademoiselle Chambon", "Quelques Heures de Printemps"), um filme dramático sobre o mercado de trabalho e a influência da actual crise na vida do cidadão comum. O elenco conta com a participação de Vincent Lindon (que, com este filme arrecadou o Prémio de Melhor Actor no Festival de Cinema de Cannes e o César na mesma categoria), Karine de Mirbeck e Matthieu Schaller, entre outros.
Notas da Crítica:
Vincent Lindon, sublime, é violentado num dos grandes filmes do ano - Público
Um dos grandes filmes da década sobre o efeito arrasador da crise económico-financeira global (...) Lindon transforma-se num dos grandes actores contemporâneos - Sábado
Um filme particularmente tocante e revoltante com extraordinária interpretação de Vincent Lindon - Visão
Lindon consegue a proeza de compor um Thierry que sentimos sempre próximo de nós, mesmo quando o seu comportamento se apresenta enigmático, indecifrável. - RTP
Um filme moderno, poderoso e comprometido - Le Nouvel Observateur
Vincent Lindon, em óptima forma, está rodeado de actores não-profissionais excelentes, ao ponto de não sabermos se é de felicitar os amadores por terem ascendido ao nível de Lindon ou o contrário. É preciso ainda dizer que há ali uma exactidão, uma sintonia feliz entre o filme, a forma, o tema e a forma como foi realizado. - Les Inrockuptibles
Desde logo ganha a emoção. Desde logo, a dureza do asfalto magoa. Por detrás do ecrã, a raiva. (...) Um filme social poderoso, em competição em Cannes, com um extraordinário Vincent Lindon. - L’Express
Drama social poderoso e comovente, um Vincent Lindon que é uma verdadeira lição de humanismo discreto. - Variety
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Detalhes Técnicos
Duração: 91 min. |
Vídeo: |
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Áudio: Francês Dolby Digital 5.1 |
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Legendas: Português, |
A Vida Real no Cinema (Pontuação: 10) |
Porque será que estes filmes não são divulgados na C.Social portuguesa em horário nobre ? Ou sequer debatidos ? O que foi feito, foi-o na estreia com debate na Voz do Operário.Veio ao festival do Estoril? Ok. Porque será que só a "cultura francesa" é capaz de atirar cá para fora, sob a forma de filme, a realidade nua e crua do desemprego, dos centros de (des)emprego, da banca e do apoio à família ?E porque será que, a exemplo de A Família Bélier utiliza atores deficientes, provando ao Mundo a sua utilidade e não sendo necessárias imitações, como parece ser que agradará à "cultura" e sociedade portuguesa que apenas relevaram a interpretação, excelente sem dúvida, de Vincent Lindon e muito pouco ou nada dos restantes atores amadores .
Por Edusilva (QUINTA DO CONDE) | 2016-09-25 |
O quotidiano pode não ser banal, quando há talento. |
Escrevo este comentário antes de a Cineteka ter o filme disponível, pois vi-o no cinema, e dei o tempo por bem empregue. Não é perfeitamente exacto que Thierry (Vincent Lindon) seja posto a espiar os colegas, mas sim que ele seja forçado, em razão do seu posto como segurança, a participar na punição de uma colega caixa que rouba o supermercado, acumulando para si mesma à socapa benefícios que eram destinados aos clientes, e não a ela. Apesar de a colega ser culpada essa será a gota de água que fará o nosso personagem atingir a saturação no emprego que conseguiu e de que necessita, mas em que não se sente à vontade. O valor do filme está exactamente na autenticidade do actor/personagem e das situações que vive. O final será uma surpresa para o espectador, peça o disco se quiser saber!
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