O Filho de Saul
(Saul fia) |
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Ano: 2015
Idade: M/16
Duração: 107 min
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Auschwitz (Polónia), 1944. O judeu Saul Ausländer (Géza Röhrig) é membro do Sonderkommando, o grupo de prisioneiros recrutados entre os recém-chegados, cuja função é a execução das tarefas mais críticas dos campos de concentração, evitadas pelos alemães. A sua função é limpar as câmaras de gás e enterrar os mortos. Devido à sua condição especial – e para manter secretas as operações de extermínio – este grupo é mantido isolado dos restantes prisioneiros. Um dia, durante os trabalhos num dos crematórios, Saul descobre o corpo de um rapaz que reconhece como sendo o seu próprio filho. A partir daquele momento, a vida de Saul ganha um novo alento e ele fica obcecado com uma missão quase impossível: salvar o corpo do rapaz de uma autópsia e encontrar um rabino que lhe realize um funeral religioso que salve a sua jovem alma...
Realizado por László Nemes, segundo um argumento seu em parceria com Clara Royer, um filme dramático que arrecadou o Grande Prémio do Júri e o Prémio da Crítica Internacional no Festival de Cannes 2015. Depois de vencer o Globo de Ouro para Melhor Filme Estrangeiro, foi escolhido para representar a Hungria na competição de Óscar de Melhor Filme Estrangeiro da edição de 2016.
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Detalhes Técnicos
Duração: 107 min. |
Vídeo: Widescreen 1.85:1 anamórfico |
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Áudio: Húngaro, Alemão, Polaco Dolby Digital |
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Legendas: Português, |
Bola Preta para Cannes (Pontuação: 2) |
Este Filho de Saul é um filme que é mais um aproveitamento de um tema que vende sempre, o Holocausto judeu da Segunda Guerra Mundial, que aqui dá origem a uma obra menor sem ponta por onde se lhe pegue, e que estranhamente ou não foi apreciada pela crítica e até pelo júri de Cannes. Trata-se de um exemplo de mau cinema, radicalmente histérico, com a câmara ao ombro colada o tempo todo às costas do protagonista, que parece por sua vez possuído de uma energia tão demoníaca quanto ridícula, dado o contexto concentracionário em que se move a personagem. Se os irmãos Dardenne conseguiram fazer um grande filme colando a câmara a Rosetta no filme do mesmo nome, aqui o falhanço é total, porque o cinema não é apenas técnica, é arte, e isso é mesmo aquilo que não iremos encontrar neste exercício falhado. É um filme, mas não foi feito para o espectador. Ao contrário do que se possa pensar, isso é comum. Tive que desistir de o ver, penso que só pessoas bastante masoquistas o suportarão. Laszlo Nemes conseguiu a "proeza" de expandir o horror de Auschwitz-Birkenau até ao espectador do seu filme, sem lhe oferecer nada.
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