Magia ao Luar
(Magic in the Moonlight) |
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Ano: 2014
Idade: M/12
Duração: 97 min
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Conhecido pelos seus números espectaculares, Wei Ling Soo é um dos mais celebrados mágicos da sua época. O que poucos sabem é que por detrás daquela carismática personagem existe Stanley, um inglês de poucas palavras que olha o mundo com cinismo e falta de fé. Certo dia, no final de um espectáculo, é abordado por Howard, amigo de longa data, que lhe pede para ir consigo para a Côte d'Azur (França), para desmascarar uma suposta médium que conquistou a atenção de uma família abastada. Sophie, a rapariga em questão, instalou-se na mansão dos Catledge porque a matriarca está convencida de que, com a sua ajuda, poderá comunicar com o falecido marido. Apesar de Stanley a considerar uma fraude desde o primeiro encontro, a verdade é que, para seu assombro, ela demonstra possuir poderes que desafiam todas as explicações científicas. A pouco e pouco, seduzido pela franqueza e encanto de Sophie, aquele homem pragmático descobre um mundo totalmente novo e cheio de mistérios. Assim, ao mesmo tempo que que as certezas de Stanley começam a cair por terra, abrem-se brechas no seu coração…
Uma comédia romântica realizada por Woody Allen, ambientada na Riviera francesa dos anos 1930. O elenco conta com Colin Firth, Emma Stone, Hamish Linklater, Marcia Gay Harden, Jacki Weaver, Erica Leerhsen, Eileen Atkins e Simon McBurney nos principais papéis.
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Detalhes Técnicos
Duração: 97 min. |
Vídeo: Widescreen 2.35:1 anamórfico |
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Áudio: Inglês Dolby Digital 5.1 |
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Legendas: Português, |
Stanley, um Alter Ego para Woody? (Pontuação: 8) |
Este é um dos melhores filmes de Woody Allen (di-lo um não-fã), sendo o primeiro sinal disso o facto de o próprio não actuar. A crítica não o apreciou, possivelmente porque espera sempre uma coisa apatetada e algo frívola do realizador, e não percebeu, ou não quis perceber, as camadas mais profundas da obra. Não estamos perante o drama puro de Match Point, mas o filme não pode ser considerado uma comédia. Há nele um toque
"hitchcockiano" de suspense e manipulação do espectador, que sente que está a ser "levado" no logro, mas que é forçado a esperar pelo realizador para num segundo, numa frase, já perto do fim, perceber realmente o que está a acontecer. Mas antes de o mistério ser subitamente e inesperadamente revelado, o espectador tem que se confrontar com as suas próprias crenças mais profundas, e revê-se vacilando no lugar de Stanley, magnificamente interpretado por Colin Firth. Se houvesse uma epígrafe para este filme só poderia ser a frase de Nietzsche nele citada, segundo a qual o Homem precisa de ilusões para viver. Assinalo ainda a excelente cinematografia e fotografia do nosso pequeno homem de Nova Iorque, que nos leva aqui a fazer belos passeios pela Riviera francesa dos anos 1920.
Woody Allen sempre surpreendente (Pontuação: 8) |
Woody Allen tem sempre uns enredos que surpreendem e este está na mesma linha, sem estar ao nível de outras obras, na minha opinião, é um bom filme e achu até que deveria merecer melhor classificação no IMDB.
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