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Detalhes Técnicos
Hannah Arendt é uma obra perturbante, da mesma forma que a filósofa política e grande pensadora Hannah Arendt o foi no seu tempo. Não é um filme ao alcance de qualquer um, e eu creio que pessoas sem formação superior não o poderão realmente digerir convenientemente. Margarethe von Trotta centra-se na controvérsia sobre o julgamento de Adolf Eichmann por Israel para nos "restituir" a sua Hannah, mas também visita o seu passado, com destaque para a juventude e para a sua ligação com Heidegger. Quer a excelente interpretação de Barbara Sukowa, quer a recriação do seu "ambiente germânico" nos EUA, com abundante uso do alemão, nos transmitem uma invulgar autenticidade, reforçada pelas imagens e som reais de Adolf Eichmann como réu. Pelos comentários críticos que pude ler acima, parece-me que muitas pessoas leram o filme como sendo sobre a política e o holocausto, talvez pelo seu fascínio (excessivo?) que partilham com Hannah Arendt, pelo mal. Mas o filme chama-se "Hannah Arendt", e penso que é de facto para ser visto como um filme sobre uma mulher invulgar, confrontada com uma humanidade que muitas vezes, apesar de nem sequer a compreender, ou porque se recusa a ouvir umas verdades, a condena. Condena-a porque ela serenamente meditou sobre o que viu em Israel - um "zé ninguém" burocrata da morte sentado no banco dos réus acusado do genocídio de seis milhões de judeus - em vez de rasgar as vestes e soltar urros histéricos e ferozes. Claro que a fria condenação de Eichmann por Hannah Arendt é muito mais dolorosa, porque ela lhe acrescenta ao mal a banalidade, a banalidade do seu ser humano, que não é pessoa, é peça. E este confronto entre o grande cérebro de Hannah e os audaciosos estúpidos que muitas vezes nem sequer a compreendem é, quanto a mim, o essencial de Hannah Arendt. A desilusão dela quando se queixa de que ninguém detectou o único erro que entendia ter cometido no seu trabalho é a essência do filme, a inadaptação da pessoa superior a um mundo de pequenos imbecis militantes. Banais, diria ela!
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