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Detalhes Técnicos
Fiquei um pouco descansado quando após o visionamento do filme acedi à crítica americana e encontrei, e não foram poucos, quem como eu não tivesse gostado deste "Detachment".Isso fez-me sentir melhor e ter coragem para este comentário.
Não gostar de um filme que atinge em Portugal quase a total unanimidade de "obra-prima",ou no mínimo,"essencial,a não perder por pais,professores,psicólogos alunos..."deixa-me numa posição difícil e um pouco triste,por não ter atingido o sublime do seu conteúdo,e/ou ser profundamente tocado pelo personagem. Construindo os personagens como de novela se tratasse (tentarei concretizar)o autor dá-nos este substituto que não quer ser efectivo no sistema educativo norte-americano.Cúmplice dos abandonados,(como ele se sente e revê),dos deprimidos e deprimente sociedade que o rodeia,e dos incompreendidos alunos,o próprio, já não acredita que haja qualquer esperança a não ser na própria solidão. Para esconder a sua adição e o desencanto da sua condição,pretende ao negar a sua integração no sistema,encontrar algumas forças para se salvar a si e a alguns da geração que o cerca. Muitos se poderão rever neste anti-herói e "clarividente"observador do que o rodeia. e presumo que para os mesmos interessante, se todas as semanas na tv,fosse permitido ver mais um episódio do Substituto,afim de "conscientes",tirar ilações sobre o sistema de ensino, a geração estudantil actual,a psicologia dos meninos etc. O problema,meu,é sentir quanto patético e pueril é o personagem e o discurso implícito.A relação com a prostituta é o exemplo disso mesmo,como as imagens e a relação com o pai. Estereótipos,os personagens desfilam sem que me consigam tocar/acreditar em qualquer das suas realidades.Salva-se a anafada menina que com os seus doces...silêncios,nos consegue transportar ao dramático sistema que o autor quer que conheçamos.Com o passar do tempo sem nada de importante que aconteça ou nos seja dito, exceptuando os seu início., o bocejo e desilusão tomam conta de mim. Perdoem poderá ser cansaço, mas o mesmo aconteceu a um amigo meu, que por acaso é professor, ao visionar o mesmo.
Tony Kaye, realizador de outro poderoso filme "América Proibida" (1998), regressa ao grande ecrã com mais esta intensa, dramática, violenta e marcante história sobre a sociedade contemporânea.
É evidente neste filme a intenção de passar uma forte mensagem, muito pertinente, útil e até obrigatória. É uma pena estes filmes não terem mais projecção, mas percebo que tentar abrir a consciência das pessoas e fazê-las pensar em assuntos sérios vai contra os interesses de quem investe anos a criar gerações de consumidores passivos. A dada altura do filme, numa cena passada na sala de aula, há um discurso fantástico e imperdível, que para mim marca a essência do filme. A apresentação de ideia que parta das palavras "obiquitous-assimilation" é genial e extremamente importante. Mas ao longo de todo o filme encontramos outro tipo de mensagens e comportamentos igualmente pertinentes, pelo que aconselho um visionamento atento para tirarem partido desta obra-prima obrigatória. Também acho interessante o título "Detachment", que ao traduzirmos para "Substituto" perde a dimensão do "desapego", um dos actos mais proclamados na essência das religiões, embora incompreendido pela sociedade actual. Se é professor, aluno, pai, filho,... ser-humano... não perca este filme!
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