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Ano: 2010
Idade: M/16
Duração: 153 min
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Patrocinado por organizações opositoras dos EUA e de Israel (desde a FPLP aos serviços secretos iraquianos, libaneses, sírios e líbios), Ramírez Sánchez escolheu “Carlos” como o seu nome de guerra, o início de uma afirmação violenta contra os interesses do capitalismo imperialista no mundo árabe, que culminou numa série de golpes que o tornaram um dos primeiros criminosos perseguidos mundialmente e uma figura-chave do terrorismo dos anos 70 e 80. O filme abarca 20 anos da vida do “Chacal”, homem odiado por muitos, mas amado pelas mulheres e pelos meios de comunicação social. Edgar Ramirez, aqui num desempenho auspicioso, retrata-o nas suas muitas contradições, espelhando as diversas transfigurações físicas e emocionais que sofreu ao longo do tempo. Assayas, que assina o argumento com o francês Dan Franck, recria em detalhe as artimanhas de Carlos, com imagens captadas com câmara ao ombro e um ritmo de montagem palpitante. Ainda que a sua génese seja cinematográfica, o filme passou também em televisão, no Canal+, dividido em três partes. Produto de uma extensa investigação, CARLOS deve ser encarado como uma obra de ficção, relembra o realizador a propósito de um dos seus trabalhos mais notáveis até à data, que abdica de maniqueísmos.
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