![]() Brevemente... Novidades Promoção TOP + Reposições Premiados Ao Acaso Acção Animação Aventura Biografia Clássico Comédia Crime/Policial Desporto Documentário Drama Família Fantasia Ficção C. Film Noir Guerra História Musical Religião Romance Séries/TV Terror Thriller Viagens Western Erótico |
Detalhes Técnicos
O western, assim como o musical, foram os géneros mais queridos do cinema. O western, inclusive, chegou a ser "importado" para a europa, pela mão de Sergio Leone criando assim as raízes de um sub-género intitulado "western spaghetti" que viria a obter um considerável sucesso tanto na europa como nas terras do tio Sam.
É a história de três homens que procuram um tesouro que está enterrado algures num cemitério. Cada um deles sabe uma parte da localização do tesouro, pelo que vão estar dependentes uns dos outros para lá chegar. Sem olhar a meios para obter os fins, os três vão tentar chegar ao local onde os aguarda aquela recompensa através dum país devastado pela guerra civil. Realizado por Sergio Leone, "O Bom o Mau e o Vilão" é, considerado pelo realizador o último filme da chamada "trilogia dos dólares", sendo os dois primeiros "Por um punhado de dólares" (1964) e "Por mais alguns dólares" (1965). Desde o primeiro filme que ficou como marca do realizador os grandes planos de rostos e das armas antes de um duelo e também grandes sequências sem um único diálogo. Não é, portanto, de estranhar que o inicio deste filme seja precisamente um grande plano de rostos de cowboys, das suas armas e de uma cidade em ruínas e sem um único diálogo, antes do duelo onde nos será apresentado o primeiro protagonista do trio central da história: a imagem, depois do duelo, congela e surge o título da personagem no écran; é um achado fabuloso de Leone e que funcionará da mesma maneira para as outras duas personagens do filme. Só então é que o filme começa verdadeiramente. Por ser considerado o pai do sub-género western-spaghetti, Leone enche o écran de constantes referências aos filmes americanos de John Ford a Howard Hawks e toda a simbologia do velho oeste está presente na obra do realizador desde "dólares" até "Aconteceu no Oeste" (1968). Sergio Leone não trouxe dos Estados Unidos só o saber como fazer, trouxe também mão-de-obra para edificar o sub-género no velho continente. Com ele vieram Eli Wallach (o Vilão), um eterno secundário que já brilhara em outro western chamado "Os Sete Magnifícos" (John Sturges, 1960) remake americano dessa obra-prima do cinema chamada "Os Sete Samurais" (Akira Kurosawa, 1954); Lee Van Cleef (o Mau), actor sempre associado a papéis de vilão e que teve, com Leone, o momento mais alto da sua longa carreira; Clint Eastwood (o Bom), na altura um obscuro actor que, ao ir para itália filmar com Leone a "trilogia dos dólares", passou do relativo anonimato a estrela de cinema e posteriormente viria a tornar-se uma referência obrigatória no panorama do cinema mundial. Majestoso, visualmente estilizado "O Bom, o Mau e o Vilão"avança num crescendo de acção e tiros desde a já referida sequência inicial até ao final onde o filme atinge o seu climax: o duelo a três no cemitério onde Sergio Leone, chamando a si todo o seu conhecimento, homenageia o western, com a excepcional banda sonora de Ennio Morricone como pano de fundo, num misto de mito e realismo. Filme ambicioso, foi, indiscutivelmente, a obra mais inovadora que o sub-género western-spaghetti viria a conhecer. Muitas vezes referida, imitada, mas nunca igualada, tendo sido até recentemente homenageada em "Este País não é para Velhos" (Joel e Ethan Coen, 2007). Não querendo tirar o mérito da obra dos irmãos Coen que até venceu 4 Óscares da Academia, incluindo o de Melhor Filme do Ano, o original de Sergio Leone permanece como um filme intemporal, obra-prima do género em que se insere. Imperdível!
Se gostou deste título, também recomendamos:
|
![]() Últimos comentários |