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Detalhes Técnicos
Tradicionalmente (já o escrevi) o teatro, particularmente a Broadway, fornece à sétima arte motivos e ideias para filmes. "Um Violino no Telhado" é mais um desses exemplos.
Tevye é leiteiro e judeu que vive na aldeia de Anatevka na rússia em 1905. Trabalha àrduamente, quase de sol a sol para que nada falte à mulher e às suas cinco filhas. No entanto, no país, sopram ventos pré-revolucionários que mais tarde ou mais cedo irão chegar à aldeia e alterar radicalmente as vidas dos seus habitantes. Depois de um fabuloso prólogo e antes do genérico inicial (um lindo amanhecer ao som do violino de Isaac Stern) em que Tevye (magnifica interpretação de Topol), ao som do tema "tradition" nos vai apresentado figuras e factos da sua aldeia, faz a sua distribuição diária de leite, já o espectador se sente familiarizado com as personagens que desfilam no écran, graças à realização cuidada e certinha de Norman Jewison, autor de uma vasta filmografia onde se incluem títulos como "No Calor da Noite" (1967), thriller policial com contornos racistas e vencedor do Oscar de Melhor Filme do Ano, "The Thomas Crown Affair" (1968), um policial detectivesco tipo gato e rato e objecto de um remake em 1999 com Pierce Brosnan, "Jesus Christ Superstar" (1973) nova adaptação de uma peça musical da Broadway, "Rollerball - Os Gladiadores do séc.XXI" (1975) ficção científica em jeito de filme-denúncia sobre o sistema governativo, também objecto de um remake em 2002...de muito mau gosto! Durante cerca de três horas, Jewison filma e ilustra, com o saber de um realizador formado na escola da televisão, tradições do povo judeu com cenas e canções como "Sabbath Prayer" (durante o sabbath); a celebração do contrato de casamento entre a casamenteira e Golda, mulher de Tevye e entre este e Lazar Wolf; a cerimónia de casamento com a fabulosa dança das garrafas (com as personagens a cantar "Sunrise, Sunset"); ou a inesquecível canção "If I Were a Rich Man" em que Tevye canta e dança no estábulo entre os seus animais. Consegue fazer-nos rir em cenas como as conversas de Tevye com Deus; Entramos no dominio do sobrenatural na sequência do sonho (inventado) de Tevye. Mas também consegue deixar-nos pouco à vontade em cenas como a carga da polícia sobre os convidados na festa do casamento onde, num fabuloso grande plano, vemos um Tevye incrédulo a olhar para o céu como que a questionar Deus sobre o porquê daquela carga; ou toda a sequência do êxodo de Anatevka. "Um Violino no Telhado" foi um enorme sucesso nos teatros em todo o mundo onde foi apresentado, inclusive a versão portuguesa da peça foi um estrondoso sucesso neste país de brandos costumes mas muita tradição neste campo. O filme foi nomeado para oito Óscares da Academia, venceu três: Melhor Som, Melhor Fotografia e Melhor Banda Sonora Adaptada para John Williams que, anos mais tarde, viria a compor as bandas sonoras de sucessos como "Star Wars", "Tubarão", "Salteadores da Arca Perdida" ou "E.T." entre muitas outras. Para Norman Jewison, "Um Violino no Telhado" foi um grande impulso para a sua carreira durante a década de 70 e ainda hoje é considerado um dos seus melhores filmes. Para o público cinéfilo e que gosta destas coisas, fica a pergunta: porque é que hoje já não se fazem filmes assim? subscrevemos na íntegra.
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