![]() Brevemente... Novidades Promoção TOP + Reposições Premiados Ao Acaso Acção Animação Aventura Biografia Clássico Comédia Crime/Policial Desporto Documentário Drama Família Fantasia Ficção C. Film Noir Guerra História Musical Religião Romance Séries/TV Terror Thriller Viagens Western Erótico |
Detalhes Técnicos
Dois homens, dois grandes artistas merecem uma grande salva de palmas pelo o magnifico desempenho atrás e à frente da câmara.são eles Stanley Kubrick e Malcolm McDowell.
Se Kubrick fez o bolo, McDowell deu a cereja para o topo desse bolo. Stanley Kubrick demonstrou ser um grande realizador na sua visão crua e imparcial(alguns diriam irredemialvemente cinica) da realidade que capta e dos mundos que se imagina. Malcolm McDowell provou ser um grande actor, tanto que se eu fosse votar numa lista de vinte personagens mais memoráveis da história do cinema, a de 'Alex DeLarge' iria como uma das primeiras(ele não merecia que a sua carreira fosse destruida, o que leva-se a pensar que isto de ser actor não passa de uma treta pegada!). já muito se disse acerca deste filme, contudo queria deixar esta observação: não esperem que este filme respeite o livro em que se baseia. segundo consta, Anthony Burgess não gostou do que kubrick fez da sua novela e a razão é que o filme baseou-se na edição americana que falta o último capitulo que aparece na edição britânica. como tal, o que acontece com a personagem principal não corresponde ao livro. seja como for e apesar disso este filme é obrigatório.
Em 1948 um escritor inglês tinha um texto, para o qual não tinha título. Falava de um mundo futurista com uma ordem totalitária no qual falar, pensar ou agir tinha que ser feito com todo o cuidado pois o "Big Brother" estava sempre vigilante e punia todos os que se revoltassem contra o sistema. George Orwell assim se chamava o escritor, invertendo os últimos dois digítos da data, obtém o título e torna a obra, à data, profética. Entre o livro e a data surgiu "Laranja Mecãnica", onde o mundo imaginado por Orwell adquire uma outra realidade na escrita de Anthony Burgess e no olhar perfeccionista de Stanley Kubrick.
Inglaterra, algures num futuro próximo, Alex DeLarge e os seus companheiros vagueiam ao sabor da noite espancando, violando e roubando quem se lhes cruza no caminho. Um dia Alex é apanhado pelas forças de segurança, feito prisioneiro e mais tarde será voluntário para um tratamento experimental desenvolvido pelo governo para lidar com os problemas da criminalidade. mas nem tudo corre como Alex pensara e o resultado será imprevisível. Brilhantemente realizado por Stanley Kubrick , "Laranja Mecânica" é baseado num livro de Anthony Burgess. Utilizando uma linguagem criada de propósito para o livro, Kubrick consegue, no filme, transmitir todo o sarcasmo presente nas palavras proferidas por Alex, quer em voz-off, quer nos próprios diálogos entre as personagens. O texto de Burgess parece trancrito na integra para a tela fazendo com que aquele rápidamente se tornasse num best-seller na década de 70 do século passado e termos como ultra-violência viessem a fazer parte de alguns dicionários. É sabido que Kubrick nunca gostou de sequelas (nem sequer gostava do termo). Na década de 80 do século passado, o realizador recusou fazer mesmo "2010" a continuação do seu mitíco "2001:Odisseia no Espaço" (1968), baseado no livro do mesmo título de Arthur C.Clarke, porque entendeu que nada mais havia a dizer sobre o assunto; o filme foi feito por Peter Hyams em 1984 e o resultado foi...para esquecer! Mas hà algo de "2001" em "Laranja Mecânica": atente-se na cena final de "2001" quando o bébé abre os olhos e olha na direcção da terra ao som da fabulosa fanfarra de Richard Strauss "Assim Falava Zaratrusta" e o inicio de "Laranja Mecânica" com o grande plano do olhar de Alex: este pode muito bem ser entendido como uma continuação daquele sem, no entanto, o ser efectivamente. Stanley Kubrick alguma razão terá tido para começar "Laranja Mecãnica" com esse fabuloso grande plano, sob uma voz off, que depois vai recuando progressivamente e vamos vendo o local onde Alex e os seus compinchas se encontram...o resto é história! Malcolm McDowell interpreta Alex, o delinquente que gosta de ultra-violência, violações e Beethoven (excelente aproveitamento musical de peças do compositor!). O actor é absolutamente fantástico na sua composição. Foi a sua interpretação do jovem aluno rebelde numa instituição privada de ensino em Inglaterra no filme "If..." (Lindsay Anderson, 1968) que chamou a atenção do realizador que viu nele o seu Alex. Aliás toda a carreira do actor girou sempre em torno desta personagem, porque, se exceptuarmos "Calígula" (Tinto Brass, 1979) onde dá vida ao imperador romano, nada mais podemos acrescentar à sua carreira que seja sufucientemente relevante. Usando e abusando dos grandes planos que depois se tornam médios planos até formarem uma imagem de composição (ver por exemplo a fabulosa cena nocturna do espancamento do velho no tunel ou a já citada cena inicial), Stanley Kubrick filma cenas inesquecíveis e de uma beleza plástica acima de qualquer reparo: além das já citadas cenas, ver por exemplo o espancamento do escritor e a violação da senhora dos gatos; as cenas da prisão governamental ou as cenas do tratamento a que Alex é submetido com a utilização da música de Beethoven: absolutamente violento e ao mesmo tempo irónico. Estamos portanto perante um "Kubrick vintage!" Obra-prima intemporal, "Laranja Mecânica", continua tão actual como quando estreou. É um filme que nos convida a refectir sobre o seu tempo e também ( e este é o grande feito do filme!) nos obriga a uma reflexão sobre o tempo em que vivemos. Impressiona ver o que o realizador conseguiu ver antes do tempo e a maneira como transpôs a sua visão para o grande écran. Inesquecível sempre e obrigatório também.
No recuerdo con exactitud cuando la vi por primera vez, sí recuerdo perfectamente cada impacto, cada sensación entrando por las pupilas y registrándose en el cerebro, imágenes grabadas a fuego y quedándose en un espacio específico para siempre dentro de él.
Visionario, profeta, iluminado Kubrick, en esta efigie cinematográfica. Obra que no importa cuántas veces visionas, sorprende todo en ella cada vez. Nunca te acostumbras a sus magníficos y violentos planos, conserva la virtud de golpearte de lleno en cada visionado. Sabes lo que va a suceder pero ingenuamente quieres “pretender” que no te va a afectar, y no………… el miedo se instala una y otra vez en lo más hondo del alma entre las notas sinfónicas de Beethoven. No es una lectura lineal la que Kubrick nos regala en sus imágenes, es mucho más, en un acto de lucidez imagina un mundo que se ha hecho realidad con el paso del tiempo en el que la violencia forma parte de todos nosotros día a día. No es tan solo las drogas, las violaciones las agresiones y la ultraviolencia lo que denuncia, sino la esencia que lo provoca dentro de cada individuo, la búsqueda de esa raíz profunda y destructiva y su posible o no eliminación. Acompasándolo con toda la perversidad corruptora política, familiar y social………… manipuladora y sectaria. Sí, Alex es muy malo, realmente diabólico en un interior enfermizo y psicopático, pero es el producto de todo lo que lo ha generado, de unas normas que no funcionan bajo un régimen castrante y obsoleto, incapaz de reaccionar con acierto y haciendo aguas en responsabilidades sociales. Conductivismo como realidad filosófica en pura regla es lo que denota esta película, sus pros y contras en esa investigación del mal como instinto primario en el hombre. Nos sitúa en un hipotético futuro y nos enseña su versión más dura de una juventud sin estructura de comportamientos entregados al hedonismo a través de la violencia sin estímulos y sin pizca alguna de valores morales, sin ética y carentes de remordimientos o culpas. Se rodó hace ya 38 años y la problemática que imagina es una realidad actual. Es debido a eso que este filme no ha perdido calidad, cualidad y ha soportado tan bien el paso del tiempo. Técnica cuidada y especialmente sensorial como todo lo que hace Kubrick. Señalar la fotografía de contrastes entre el blanco inmaculado de los uniformes y la estética pop setentera en destalles de colores explosionando puntualmente. Contrapicado alucinante en la escena en la que el escritor identifica a Alex y se retuerce casi catatónico. Primeros planos en las escenas de violencia aumentando la angustiante atrocidad, primerísimos planos centrándose en la mitad de los rostros para indicar los procesos catárticos de los personajes en un dramatismo que te duele en el alma. Planos medios y generales para aportar un poco de calma entre tanto frenesí y dureza de imágenes para poder respirar entre cada escena. Montaje expresivo y contundente en todo el filme en especial en el tratamiento de Alex cuando visiona los documentales, soberbio. Kubrick también ideó un lenguaje específico para el grupo de Alex, con tintes soviéticos, pero en plena guerra fría esto no es de extrañar. Es una más valía dentro de este filme con continuas referencias a la segunda guerra mundial, al nazismo y a los diferentes regímenes políticos en decadencia. Una clara referencia a esa lucha entre el bien y el mal, existente en todo el filme. Sexo en todos los estados posibles y condiciones, agresor y con tintes freudianos acoplándose en cada imagen, en cada acto y como “atrezzo” delineando la caída de Alex y su final recuperación en un bucle purgante en el que el mal vence por encima de todas las cosas. Ese final es grandioso, inhóspito y dicotómico, pero reveladoramente enorme y monstruoso. Banda sonora banalizando a la sociedad burguesa e intelectual de la época e introduciendo al pobre Gene Kelly como un elemento satánico en un ritual macabro con su “cantando bajo la lluvia” que nunca más pude escuchar de igual manera después de visionar la naranja mecánica………… Todo es una radicalización extremista que nos enfrenta a nosotros propios. Malcolm McDowell (Alex) Extraordinario desde el primer plano hasta el último, su imagen es un escalofrío constante, sus ojos azules como el mar son tan imponentes que sientes en toda la piel ese picor incesante de su frialdad despiadada. Víctima y verdugo, asesino y asesinado por dentro. Violador y violado en su libre albedrío. Manipulado por toda la clase política y a su vez manipulador en ese pacto final en el que se aprovecha de lo que le están ofreciendo y se vende……….. consciente de que es su mejor opción entrando en ese juego tan sucio. El asco que me produce esa elección no es expresable por palabras sino por vómitos. No soy capaz de sentir lástima por él en ningún momento. Quizás soy un poco severa, pero el ojo por ojo aquí no está de más, es un acto contra la impunidad en la que él propio se escuda. Brillante McDowell, enérgico y levantando desaforadas pasiones y sensaciones en cada imagen. Levantando ampollas en la piel y en el corazón, dividiéndonos en trozos minúsculos de emociones sin igual.
Sou suspeita para comentar este filme porque é sem dúvida o meu filme preferido! A performance de Malcolm Mcdowell é sem dúvida brilhante. O filme retrata os interesses políticos de um governo que se serviu de um prisioneiro (Alex), no sentido de o reabilitar recorrendo a uma técnica ainda em experimentação, para aumentar a sua notoriedade com o objectivo de serem reeleitos. Só que a experiência acaba por ser bastante comprometedora, uma vez que os resultados foram os piores possíveis e a oposição tece duras criticas a esta técnica e vemos o governo novamente a manipular Alex. Stanley Kubrick, o realizador, considerou esta sua obra como o seu melhor filme... concordo com ele. Sem dúvida uma OBRA-PRIMA a não perder.
Se gostou deste título, também recomendamos:
|
![]() Últimos comentários |